Maestro João Carlos Martins participa do ciclo de palestras do STF e do CNJ
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, participou, na última sexta-feira (29), do quarto evento do ciclo de palestras "Cidadão no Plural”, idealizado para compartilhar pensamentos e ideias para reflexão entre servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do STF. A palestra “Superando” foi apresentada pelo maestro João Carlos Martins que, além de contar aspectos de sua trajetória profissional e pessoal, brindou os participantes com uma apresentação musical.
A presidente do STF agradeceu ao músico. “Pessoas como você fazem com que tenhamos em quem nos espelhar”, disse. “Leva a arte para que outros possam continuar a reproduzi-la, é um exemplo para todos nós”, completou. O convidado falou, com bom humor, sobre momentos marcantes de sua vida, entre os quais a sua vinda ao STF. “É um dos dias que vou guardar na memória: fazer uma palestra nesta instituição que é âncora do nosso País”.
Entre lembranças de participações em festivais e apresentações prestigiadas, como a realizada na sala de espetáculos Carnegie Hall, em Nova Iorque, o maestro falou de gratidão, perseverança e do poder transformador da arte. “Cada vez que tentava recomeçar, eu dizia a mim mesmo: a gente, quando nasce, é como uma flecha, tem que atingir o seu destino. Pode ser que tenhamos desvios, mas podemos corrigi-los para alcançar nosso objetivo”, disse em referência às 23 cirurgias a que foi submetido para combater a atrofia nos dedos e manter o sonho.
“Graças ao meu pai, desde cedo tivemos amor pela arte e pela cultura. Sabíamos que elas poderiam nos levar a representar o nosso País”. O pai, o português José, atribuía o talento do maestro ao “dom de Deus”. Para o maestro, 2% foram realmente dom de Deus, mas os outros 98% foram mesmo resultantes de disciplina.
Além da família como inspiração, João Carlos Martins lembrou outras figuras fundamentais em sua trajetória, como o também maestro Villa-Lobos e um jovem violoncelista que lhe pediu ajuda, que resultou na criação do projeto Orquestrando o Brasil – iniciativa com o objetivo de apoiar, capacitar e divulgar orquestras, bandas e conjuntos musicais de todo País. “O sonho do maestro Villa-Lobos era fechar o Brasil em forma de coração com a música. Por meio da música, quero realizar este sonho”, disse. “Aproximar através da música, povos e gerações e transmitir uma mensagem de amor e paz”.
Ao lado do violoncelista Hudson Gorzoni, Martins tocou peça do compositor inglês Nigel Hess e a canção brasileira “Eu sei que vou te amar”. No encerramento do evento, prestigiou os presentes com o hino nacional brasileiro, acompanhado e aplaudido de pé por todos. “A meta de um artista é transmitir emoção ao público, de forma que o seu coração alcance o coração do público”, disse em agradecimento, retribuído pela presidente que aproveitou o momento para agradecer também aos servidores. “Tenho a certeza de os que estão aqui são o coração do Supremo. Um Tribunal que quer ser o melhor”.
DD/AD
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Fonte: STF